A CONVENÇÃO DO METRO
Na segunda metade do séc. XIX diversos países, incluindo Portugal, tinham adotado o sistema métrico e estavam a tentar promover a sua utilização generalizada, em substituição dos antigos sistemas de pesos e medidas.
Por ocasião da Exposição Universal de Paris, em 1867, um grande número de cientistas formou um “Comité dos Pesos e Medidas e da Moeda” que tinha por objetivo a uniformização das medidas. Em 1869, o governo francês convidou numerosos países a fazerem-se representar em Paris numa “Comissão Internacional do Metro”.
Finalmente, a 20 de maio de 1875 representantes de 17 países assinaram, em Paris, a Convenção do Metro.
A Convenção criou diversos órgãos responsáveis pela gestão da metrologia a nível internacional:
- o BIPM – Bureau International des Poids et Mesures, com objectivo de estabelecer novos padrões métricos, conservar os protótipos internacionais e conduzir a comparações necessárias para assegurar a uniformidade das medidas de todo o mundo;
- a CGPM – Conferência Geral dos Pesos e Medidas, que reúnde a cada 4 anos;
- o CIPM – Comité Internacional de Pesos e Medidas, constituído por 14 personalidades a título individual (em 1921 passaram a 18).
Portugal foi um dos países que participou na Convenção do Metro, tendo sido representado por José da Silva Mendes Leal, par do reino e ministro plenipotenciário em Paris.
A representação nacional nas 3 primeiras CGPM esteve a cargo do Conde H. de Macedo, Ministro plenipotenciário em Madrid.
Na primeira CGPM, ocorrida em 1889, foram aprovados os novos protótipos do metro e do quilograma e sorteadas as cópias que seriam distribuídas pelos países membros, tendo Portugal ficado com as cópias nº 10, tanto do metro como do kilograma.