BALANÇA DA CONFRARIA DE SANTO ELOY

No piso de entrada do Edifício A do IPQ, no lado oposto à receção, em frente aos elevadores, podemos ver uma das peças mais relevantes do espólio à guarda do IPQ: a balança de conferências da Confraria de Santo Eloy. 

Esta peça, de grande beleza, está no interior de um armário de madeira, do século XVIII, com portas de vidro aos losangos, a maior parte dos quais são do mesmo período. O armário mede 1,60 m × 0,66 m × 2,90 m e tem as ferragens de 3 fechaduras.  

A parte inferior tem um espaço fechado com duas portas onde se guardavam os pesos. 

A balança tem a coluna de madeira de secção quadrangular, com uma chapa com algumas inscrições e um travessão em cujas extremidades está um peixe esculpido, por dois braços. Tem duas placas: uma placa oval de latão pregada na madeira com indicação do fabricante e reparações e outra redonda com o desenho do sol. Os dois pratos eram inicialmente suspensos por cordões de retrós verde. A suspensão dos pratos, atualmente, é metálica. É posta a oscilar pelo sistema usual da época – cordão com borlas-travão. 

A balança é assim descrita no inventário de 5 de janeiro de 1788: 

“Um braço de balança grande com seu letreiro de letras prateadas com suas conchas de latão e com cordões de retroz verde e com dois descansos de pau do Brasil com suas argolas de latão douradas que servem para pôr debaixo das conchas da balança.” 

O alcance da balança devia ser de 1 quintal, ou seja, 4 arrobas, e a sua sensibilidade vai de 0,49 g para a carga de 1 onça a 1,66 g para a carga de 1 arroba.